Arte do antigo Egito
A arte do antigo Egito serve políticos e religiosos. Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberano absoluto, o faraó. Ele é o representante deDeus na Terra e é este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestação artística.
Deste modo a arte representa, exalta e homenageia constantemente o faraó e as diversas divindades da mitologia egípcia, sendo aplicada principalmente a peças ou espaços relacionados com o culto dos mortos, isto porque a transição da vida à morte é vista, antecipada e preparada como um momento de passagem da vida terrena à vida após a morte, à vida eterna e suprema.
O faraó é imortal e todos seus familiares e altos representantes da sociedade têm o privilégio de poder também ter acesso à outra vida. Os túmulos são, por isto, dos marcos mais representativos da arte egípcia, lá são depositados as múmias ou estátuas (corpo físico que acolhe posteriormente a alma, ka) e todos os bens físicos do cotidiano que lhe serão necessários à existência após a morte
Império Médio
Após o período de decadência do poder central e de instabilidade política que foi o Primeiro Período Intermediário (e que se reflectiu na arte com o abandono dos cânones estabelecidos) inicia-se oImpério Médio que corresponde à XI e XII dinastias.
Arquitetura
Na arquitetura adaptam-se os padrões estilísticos anteriores ao nível da construção, procurando-se retomar a construção de pirâmides. Contudo, estas pirâmides não atingem a grandeza das pirâmides do Império Antigo. Construídas com materiais de baixa qualidade e com técnicas deficientes, o que resta hoje destas construções é praticamente um monte de escombros. As mais altas pirâmides construídas nesta época foram a de Senuseret III (78 metros) e a deAmenemhat III (75 metros).
Mentuhotep, monarca que reunificou o Egipto após o Primeiro Período Intermediário, manda construir nas região de Tebas Ocidental o seu complexo funerário, no qual se detectam elementos da arquitectura do Império Antigo, como um templo do vale que conduz através de um caminho processional ao templo funerário junto à rocha.
Pintura e estrutura

Artes decorativas e outras artes
As artes decorativas do Império Médio conhecem uma das épocas mais importantes, sobretudo no que diz respeito aos trabalhos de joalharia. Os amuletos, os pentes, os espelhos, as caixas e as candeiais caracterizam-se pela sua beleza. São bastante conhecidos os pequenos hipopótamos em faiança decorados com motivos vegetais.
A literatura desenvolve o gosto pelo provérbio, o romance, a história, passa também a obedecer a outras funções como as de influenciar a política, homenagear faraós e mesmo descrever e caracterizar profissões. Mas também a cunhar este momento está a inquietude herdada do período anterior.
Segundo Período Intermediário
Este é mais um período escuro e de inseguridade do qual pouco se sabe e no qual se praticaram mais a matemática, a medicina e a cópia de papiros de épocas anteriores.
Império Novo
Arquitetura
No Império Novo dá-se de novo a unificação do Egipto e a arte volta ter mais uma das suas épocas de ouro, com um novo começo em que se vão reavivar as tradições do passado e em que as forças criadoras vão erguer vários edifícios de pedra de construção arrojada e que ainda hoje podem ser admirados.
Foi na capital do Império Novo, a cidade de Tebas, que se ergueram os grandes edifícios desta época. A divindade da cidade era Amon e seu principal centro de culto era o Templo de Karnak, ao qual praticamente todos os monarcas do Império Novo procuram acrescentar estruturas como pilones.
No Império Novo os reis abandonaram a tradição de serem sepultado em pirâmides, optando por mandar escavar os seus túmulos nos rochedos próximos, num local hoje são designado como Vale dos Reis. Nesta atitude são seguidos pelos altos dignitários. A principal razão para esta mudança estaria relacionada com uma tentativa de evitar os saques. Porém, a intenção revelou-se fracassada: dos túmulos desta era apenas chegaram intactos até à época contemporânea o de Tuntankhamon, o do casal Iuia e Tuia (genros do rei Amen-hotep III e pais da rainha Tié) e dos dignitários Sennedjem e Khai.
Num local conhecido como Deir el-Bahari encontra-se o templo funerário da rainha Hatchepsut, mandando construir pelo seu arquitecto Senemut. O templo enquadra-se perfeitamente na falésia de calcário em que se encontra, situando-se junto ao vizinho templo de Mentuhotep II, construído quinhentos anos antes.
A arte de Amarna

Fonte: Wikipédia
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No Antigo Egito, a ideia de que o desenvolvimento das artes constituía um campo autônomo de sua cultura não corresponde ao espaço ocupado por esse tipo de prática. Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egípcios estabeleciam uma forte aproximação de suas manifestações artísticas para com a esfera religiosa. Dessa forma, são várias as ocasiões em que percebermos que a arte dessa civilização esteve envolta por alguma concepção espiritual.
A temática mortuária era de grande presença. A crença na vida após a morte motivava os egípcios a construírem tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua concepção do além-vida. As primeiras tumbas egípcias buscavam realizar uma reprodução fiel da residência de suas principais autoridades. Em contrapartida, as pessoas sem grande projeção eram enterradas em construções mais simples que, em certa medida, indicava o prestígio social do indivíduo.
Fonte: Brasil Escola